sexta-feira, 21 de junho de 2013

Xapuri Agora! Fatos e ideias do universo xapuriense quinta-feira, 20 de junho de 2013 Não Estamos Entendendo Nada: Este é o Problema! Por Alcides Leite* A maioria das autoridades ficou perplexa com as últimas manifestações populares nas principais cidades brasileiras. Elas têm demonstrado que não estão entendendo nada. Para mim, as manifestações estão ocorrendo justamente por isso. Basta dar uma rápida olhada no noticiário do dia para compreender a insatisfação da população um pouco mais instruída. Escolhi a esmo quatro notícias (dia 19/6): - STF reduz seu expediente nos jogos do Brasil na Copa das Confederações. Supremo e outras cortes irão atuar das 8 às 15 hs. (Folha de São Paulo) - A repórter Fernanda Odilla revelou que o Itamaraty achou pequena a suíte de 81 m2 do Hotel Berverly Hills em Durban, na África do Sul, e hospedou a doutora Dilma no Hilton. (Folha de São Paulo) - Toffoli diz que vai julgar, no TSE, contas do PT. (O Globo) - Quanto custam as frequentes viagens de Dilma a São Paulo atrás de orientação de Lula? (Blog do Noblat) Notícias diárias como essas, ano após ano, são suficientes para estourar a paciência de qualquer um. A impressão dos governantes é de que, com Bolsa-Família calando os pobres, Bolsa-BNDES calando os grandes empresários, Bolsa-Dólar/Miami calando a classe média-alta, Bolsa Fundo de Pensões/Imposto Sindical calando os líderes sindicais, Bolsa-Ministério calando o PMDB e os demais partidos de aluguel, Bolsa-Copa das Confederações/Copa do Mundo/Olimpíadas calando a opinião pública externa, a bolsa propaganda pública calando a pequena imprensa, seria suficiente para seguir em frente indefinidamente. Mas quem paga tudo isto? Todos pagam, mas quem mais sente é a classe média, que arca altos impostos e não usufrui de nada. Paga escola particular para os filhos porque a escola pública é de má qualidade; paga condomínio para a segurança do prédio onde mora porque a polícia não garante a segurança pública; paga plano de saúde porque o sistema de saúde pública não funciona; paga IPVA, mas as ruas estão esburacadas; paga IPTU, mas as praças estão abandonadas; paga flanelinha para estacionar o carro na rua; paga vendedor de rua quando para no farol; enfim, não consegue dar um passo sem ter que pagar por alguma coisa. O cidadão de classe média não tem o mínimo de paz: o trânsito é um inferno, a cidade está suja, inunda na época de chuva, super poluída na época das secas, arrastões nos restaurantes, menor de idade assalta, mata, queima e não acontece nada com ele. Além disso, o julgamento do mensalão não acaba nunca, ninguém está preso. Maluf é procurado pela Interpol, mas todo mundo sabe onde mora e até tira foto com ele no jardim de sua casa. O grande perigo é que as autoridades políticas continuem não entendendo o porquê dos protestos e que os que protestam continuem não entendendo que a política é o único caminho possível para avançar. Sem isso, de nada servirão os protestos, e poderão ser inclusive, contraproducentes. * Alcides Leite é professor de economia da Trevisan Escola de Negócios Postado por Raimari Cardoso às 21:26 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quarta-feira, 19 de junho de 2013 Condomínio fechado image Postado por Raimari Cardoso às 22:05 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut terça-feira, 18 de junho de 2013 Quintal image Postado por Raimari Cardoso às 07:00 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut segunda-feira, 17 de junho de 2013 Antônio Pedro Mendonça DSC_0022 Nascido no seringal São Miguel, colocação São Francisco, no ano de 1955, Antônio Pedro Mendonça é hoje um dos empresários de maior sucesso em Xapuri. Uma demissão por questões políticas, ocorrida na década de 1980, foi a responsável pela grande virada em sua vida. Com o dinheiro da indenização, o ex-funcionário público montou uma banquinha de confecções, depois um bar e, por fim, uma loja de eletrodomésticos que resultou no empreendimento que leva hoje a marca ArtMóveis, nos ramos de móveis, eletroeletrônicos e material de construção. O jornal O Alto Acre dedicou, há algumas semanas, reportagem especial sobre a história de Antônio Pedro, que preside, atualmente, a Associação Comercial do município. É só clicar no link para conferir. Postado por Raimari Cardoso às 21:09 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut domingo, 16 de junho de 2013 Paisagem da janela P7190030 “Da janela lateral do quarto de dormir Vejo uma igreja, um sinal de glória Vejo um muro branco e um vôo pássaro Vejo uma grade, um velho sinal…”. Postado por Raimari Cardoso às 07:44 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut sábado, 15 de junho de 2013 Basta uma subidinha P7180009 Quem se arrisca? Postado por Raimari Cardoso às 07:19 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut sexta-feira, 14 de junho de 2013 Talento xapuriense Rosinha Evangelista Nos orgulha ver pessoas deixarem Xapuri para se realizar profissionalmente lá fora sem esquecer, é claro, das raízes acreanas. Rosinha Evangelista é assim. Postado por Raimari Cardoso às 20:22 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quinta-feira, 13 de junho de 2013 Seringal Cachoeira se despede de Cecília Mendes Cecília era considerada a matriarca não apenas da família, mas de toda a comunidade do seringal, que, diariamente, lhe pedia bênçãos e conselhos em sua casa (Foto: Arquivo) Assessoria Biblioteca da Floresta Cecília era considerada a matriarca não apenas da família, mas de toda a comunidade do seringal, que, diariamente, lhe pedia bênçãos e conselhos em sua casa (Foto: Arquivo) A comunidade do seringal Cachoeira, situado na zona rural de Xapuri, a 200 quilômetros de Rio Branco, perdeu, na última quarta-feira, 12, um dos ícones mais importantes da luta socioambiental acreana das décadas de 70 e 80. Dona Cecília Mendes, que tinha 87 anos de idade, estava internada na UTI do hospital Santa Juliana após um acidente vascular cerebral. Tia de Chico Mendes (ela era viúva do também falecido Joaquim Mendes, irmão do pai do seringueiro), Cecília era considerada a matriarca não apenas da família, mas de toda a comunidade do seringal, que, diariamente, lhe pedia bênçãos e conselhos em sua casa. Seu corpo foi velado na igreja Assembleia de Deus de Xapuri e enterrado no cemitério São José, ao lado do corpo da filha, Marilza Mendes. No local também está sepultado o corpo de Chico, morto há 25 anos por defender a floresta e seus moradores índios e extrativistas. Mais de 200 pessoas acompanharam o funeral, entre elas familiares e amigos, a maioria vinda às pressas das colocações dos seringais Cachoeira e Equador. A grande comoção por parte dos presentes deu a dimensão do quanto dona Cecília era querida pela sua comunidade. Ela era mãe de 15 filhos, entre eles Nilson Mendes, sábio da floresta e guia turístico da pousada ecológica do seringal. “Minha mãe sempre foi uma grande guerreira, antes, durante e depois das lutas que travamos contra a derrubada da floresta e a expulsão dos seringueiros da mata. Era uma memória viva que nos deixou, para a tristeza de toda a comunidade”. De acordo com Duda Mendes, outro filho, a imensa bondade da mãe é a lembrança que mais ficará guardada em sua memória. “Ela é a grande mãe do seringal Cachoeira. Sua partida deixou todos os moradores órfãos de sua história, sua luta e seu amor”, afirmou. Cecília era parceira da Biblioteca da Floresta. Em 2008, ela concedeu entrevistas para duas publicações da instituição, “Vida na Floresta” e “Memórias da Floresta”. Também participou de cinco das seis Imersões ao Nosso Tempo e Espaço Originais promovido no Cachoeira pela Sociedade Filosophia, um dos grupos temáticos da biblioteca. Na ocasião, Cecília falou sobre sua vida e participação nos empates contra os fazendeiros. As duas entidades se solidarizaram com a família e presenteou seus filhos com um quadro em homenagem à matriarca. A matriarca da floresta Na segunda metade da década de 1920, o Acre, predominantemente rural, ainda era território federal e sofria as consequências do fim do primeiro ciclo da borracha (1987-1912). Após a concorrência com o látex extraído e comercializado na Ásia, vários seringais faliram e seus moradores, boa parte vinda do Nordeste, foram esquecidos em meio à floresta. É nesse contexto que, no dia 1º de janeiro de 1926, nasceu, em Xapuri, Cecília Teixeira do Nascimento. Dona Cecília durante palestra para a Sociedade Filosophia (Foto: Arquivo) Dona Cecília durante palestra para a Sociedade Filosophia (Foto: Arquivo) Até sua chegada ao seringal Cachoeira, em 1969, muita coisa aconteceu em sua vida. A mudança para o seringal Porto Rico aos 11 anos de idade, seu casamento com Joaquim Mendes aos 15 e o nascimento dos primeiros filhos são apenas alguns exemplos. Mas a época que mais marcou sua história, segundo ela, foi o ano de 1975, “quando começou a ameaça. Aí não prestou mais”, disse em uma das entrevistas concedias à Biblioteca da Floresta. Cecília se referia à chegada dos fazendeiros à região. “Eles pintavam e bordavam com a gente. Tomavam as colocações, metiam fogo na casa e derrubavam a mata”. Embora não tenha participado diretamente dos empates, ela teve papel fundamental na luta. “O Chico fazia muita reunião na minha casa, chegava a juntar 100 homens, e eu ficava na cozinha fazendo pra esse povo a comida que ele conseguia. De três em três dias ele trazia 50 quilos de carne”. Vencida a batalha, ficou o sentimento de ter valido a pena lutar, principalmente após os investimentos públicos no seringal nos últimos anos. “A chegada das escolas, as estradas, a saúde e o transporte. Mudou demais”. Em uma das últimas vezes em que foi perguntada se gostava de morar no Cachoeira, ela riu e disse: “Gosto, vixe! E nem quero sair, só pra morrer mesmo”. Postado por Raimari Cardoso às 20:22 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quarta-feira, 12 de junho de 2013 Sábia senhora da floresta Cecília Mendes: 19 filhos e muito amor pela floresta Elson Martins Entrevista feita em julho de 2005, publicada pela Agência de Notícias Kaxiana. Dona Cecília Mendes faleceu na manhã desta quarta-feira, 12, em Rio Branco. Élson Martins Na chegada do ano 2008 teve muita festa para dona Cecília Mendes, madrinha símbolo das boas coisas que acontecem no seringal Cachoeira, nas proximidades de Xapuri. Ela recebeu o prêmio que leva o nome do sobrinho querido, Chico Mendes (assassinado em dezembro de 1988), e dia 1º de janeiro completou 82 anos, alegre, esperançosa, cheia de vida. Não, não, a vida dela nunca foi fácil. Aos 11 anos de idade, trocou a cidade pela floresta e casou muito jovem. Teve 19 filhos, todos com parteira, criados no peito e sem conhecer médico. Viúva há 13 anos, a imagem que faz do marido, Joaquim Mendes, irmão do pai do Chico, é a imagem dela mesma: só o pai deles pra trabalhar e criar todos eles! Naquele tempo o pobre morria de trabalhar e não pagava a conta, não sei por quê. O que aquele homem trabalhava! Cortava seringa o ano todinho. Quando terminava a seringa começava a quebrar castanha, e quando terminava tudinho ainda estava devendo um monte. Não tinha castanha, não tinha borracha, não tinha nada que pagasse a conta. A casa em que vive no seringal, hoje, é mais movimentada que a sede da associação local dos extrativistas. É um entra-e-sai o tempo todo, de parentes, amigos ou visitantes que vão pedir conselho, entrevistá-la, tomar a bênção ou, simplesmente, tomar café com farofa de ovo e, se tiver sorte, saborear um guisado de paca com farinha. A sala é o cômodo menor e menos importante: mal cabe um sofá e uma TV no canto, além dos quadros da família pendurados na parede. É ligada à cozinha por um corredor estreito, com janelas à esquerda, e portas de entrada para dois ou três quartos à direita. A cozinha, claro, é ampla, com jirau e porta que dão para o quintal. É o reinado de dona Cecília. Tem uma mesa grande no centro com bancos corridos laterais e tamboretes nas cabeceiras. Sobre ela permanecem pratos, xícaras, copos, garrafa de café, farinheira...o tempo todo. Resumindo: a cozinha é um centro de cultura onde se ouve e aprende os segredos da floresta. Cidade... só pra batizar menino! A senhora acha que o seringal está melhor agora ou antes? Agora. Na verdade, nunca foi ruim. O que era ruim no seringal era o patrão. Antigamente, aqui era bom porque não tinha essas derrubadas, essa acabação de mata, a destruição doida que tá uma coisa triste. Todo dia eu penso nessa destruição da mata, secando água, se acabando tudo. Antigamente era uma beleza. As águas boas, as águas bonitas, um “sombrio” beleza. Tudo era bom. Muito calmo. Ainda ontem eu tava conversando com as meninas aqui, lembrando como antigamente era tão animado... O pessoal brincava a noite inteira. Botava uns três paus assim, um saco de carregar borracha, a cachaça vinha naquele frasqueirão; aí era um caneco dentro e o pessoal cantando e dançando, e de vez em quando o caneco no saco de cachaça, que nem água. Hoje vai fazer isso que morre gente... E não morria ninguém antes? Não. Nem brigavam. Era fácil casar e separar no seringal? Não era fácil não. Separar assim uma vez... só por um descuido... Pelo menos do meu alcance não existia essa danação! A gente ouve muita história do que acontece na mata. Fala-se que a pessoa atira num animal e ele fica olhando, parado. Acredita nessas coisas? Isso daí é verdade. Da mata o senhor não duvide de nada, porque na mata tudo tem. Já passou por alguma situação dessas? Não senhor, graças a Deus. Mas tem medo da mata? Todo mundo tem medo, né, seu Elson? Porque é na mata que moram os bichos. Eu tinha medo, sim, de andar na mata, e nem ando ainda! O que a senhora teme? Tenho mais medo da cobra. Mais do que da onça. Viu alguma onça? Morta, já, mas viva, não. Com 19 filhos, sobrou tempo pra senhora trabalhar na roça, ou algo assim? Coitada! Se eu fosse lhe contar minha vida era pior que a vida do Chico Mendes. Eu pra criar esses filhos sofri muito. Ainda ontem eu conversava com um deles dizendo: “Ah, meu filho, as coisas hoje em dia estão muito boas”. Sofrer, sofri eu. Que eu não vou contar riqueza porque eu não era rica. Como era o seu dia-a-dia na floresta, no começo? Minha luta de casa era lavar roupa pra fora, costurar pra fora, cuidar de um bando de menino, cuidar do tabacal, arrancar feijão, apanhar arroz. Tudo isso eu fazia. E cozinhava também... Cozinhava. Empregada da onde, né (risos). Se a gente não podia nem com a gente, ainda mais pagar empregada. Agora vim ter ajuda das minhas filhas quando elas ficaram grandinhas. Quantas mulheres e homens a senhora teve? Eu tive 10 mulheres e 9 homens. Uma mulher nasceu de sete meses, nasceu morta. Hoje tem 14 vivos. É muita sorte a senhora ter 14 ainda vivos... O senhor sabe que eu agradeço muito a Deus por ter sido uma mãe feliz. E digo por consciência: por causa dos meus filhos. Porque sempre acontece alguma coisa com um ou com outro, mas, Graças a Deus, nunca aconteceu nada muito grave. A senhora ainda teme que a devastação da floresta ameace vocês? Eu não acho difícil. Mas até agora ainda não soube. Mas tenho medo. Tenho um filho que é soldado lá em Rio Branco, e outro que trabalha lá. Com esses eu me preocupo e tenho medo, porque é na cidade que acontecem as coisas. O restante vive aqui em paz. E agora já têm escola e saúde aqui? Já. O Chico quando morreu já deixou escola aqui. Saúde tá meio lá, meio cá. Volta e meia falta um remédio. A senhora cuidou da saúde de seus 19 filhos com que remédios? Remédios da mata. Com chá, lambedor, eu sei que tratava dos filhos assim. Teve algum contato com índios? Não. Aprendi com minha mãe. Ela que sabia vários remédios do mato, medicina da mata. Quantos netos a senhora têm? Ah, meu filho, aí nós não podemos nem conversar. Passo o dia todinho e não acabo de contar [risos]. Já tenho três tataranetos. Quando a senhora fala que o seringal antes era melhor, está se referindo a quê? Segurança? Antigamente era melhor nos seringais porque era tudo à vontade. Não tinha quem mexesse nas matas. Quando a gente mexia era pra fazer um “ roçadozinho” pra plantar um milho, um arroz. Era muito bom de caça. Cidade era aquilo em que ninguém falava, a não ser pra batizar menino. Era uma vida bem tranqüila. E televisão, rádio e luz, a senhora não gosta? Eu gosto de luz. Televisão é coisa que não faço questão. Mas rádio eu gosto, porque fico sabendo as notícias, e se tiver uma família minha passando mal eu já sei aqui. Postado por Raimari Cardoso às 19:53 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut terça-feira, 11 de junho de 2013 Celebração do Meio Ambiente João Baptista Herkenhoff O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972. Cinco de junho foi justamente o dia em que se abriu, naquele ano, a Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. A semana que se estende até doze de junho é a Semana do Meio Ambiente. A data solene foi criada para alcançar quatro objetivos: mostrar o lado humano das questões ambientais; convocar e capacitar as pessoas para que se tornem agentes do desenvolvimento sustentável; conscientizar indivíduos, comunidades e países para que se utilizem dos recursos da natureza sem depredá-la; estimular parcerias de todo tipo aglutinando pessoas, empresas, governos, acima das fronteiras nacionais, na busca de um meio ambiente cada vez mais sadio. O cuidado para com o meio ambiente coere com uma específica visão de mundo e de homem, aquela que parte da ideia de que somos partícula do universo. Nosso destino como pessoa projeta-se no destino comum dos seres. Somos responsáveis pelo mundo do futuro. Se temos uma concepção hedonista da vida, se nosso horizonte de preocupações fecha-se nos limites de nossa própria casa, se o prazer pessoal e ilimitado é nossa referência – não há razão para que pensemos em meio ambiente. A Constituição Federal estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem essencial à sadia qualidade de vida. Determina a Constituição que cabe ao poder público e à coletividade a defesa e a preservação do meio ambinte. Miguel Reale escreveu muito inspiradamente em suas “Memórias”: "A civilização tem isto de terrível – o poder indiscriminado do homem abafando os valores da Natureza. Se antes recorríamos a esta para dar uma base estável ao Direito (razão de ser do Direito Natural), assistimos hoje a uma trágica inversão, sendo o homem obrigado a recorrer ao Direito para salvar a natureza que morre". A consciência ambiental disseminada na opinião pública assume especial relevância na atualidade, para que todos sejamos guardiães da natureza, defendendo-a de agressões e esbulhos. A preservação ambiental convoca as três esferas de governo – federal, estadual e municipal. Igualmente, o compromisso com a defesa do ambiente reclama a atuação dos três poderes – legisladores que façam leis protetoras, autoridades do Executivo que estejam vigilantes, magistrados preparados para aplicar o Direito Ambiental nas suas decisões. Embora tenha havido progresso no Brasil, no que refere à responsabilidade ambiental, creio que muito chão ainda há para percorrer. Observe-se, por exemplo, que nem todos os cursos jurídicos incluíram no currículo o Direito Ambiental. Em algumas Faculdades houve a inclusão formal da disciplina, estudada, entretanto, com disciplicência. Escolas que deram a merecida relevância a esse ramo do Direito merecem aplausos. João Baptista Herkenhoff, 76 anos, magistrado aposentado, professor e escritor. E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Postado por Raimari Cardoso às 16:33 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quinta-feira, 6 de junho de 2013 Nova fachada 20130528_121207 A Câmara de Xapuri, enfim, concluiu a sua nova fachada. Letras prateadas sobrepostas pelo brasão do município. A próxima meta da direção da Casa é a aquisição de novos assentos para melhor receber a população, que neste ano têm sido bastante assídua ás sessões semanais do Poder Legislativo Municipal. Postado por Raimari Cardoso às 20:05 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quarta-feira, 5 de junho de 2013 Matusalém na prisão? Cláudio dell´Orto* Com justificada preocupação, observamos a longa permanência em detenção na Bolívia de 12 cidadãos brasileiros, torcedores do Corinthians, acusados pelas autoridades desse país de participação no disparo do sinalizador que causou a morte de um adolescente, na cidade de Oruru. O episódio coloca novamente em discussão a questão da prisão temporária e da aplicação das penas, temas que sempre geram dúvidas na opinião pública, que nem sempre entende o porquê das decisões que libertam ou privam a liberdade de autores ou suspeitos de cometerem crimes. Assim, é sempre importante esclarecer essas questões. No Brasil, a prisão preventiva, como a determinada para os corintianos na Bolívia, se caracteriza genericamente por ser medida de caráter cautelar decretada antes do trânsito em julgado do processo criminal. Sua duração ou renovação dependem de uma série de variáveis, desde a possibilidade de a pessoa acusada poder evadir-se, dificultar a coleta e provas, ameaçar testemunhas ou prejudicar a ação policial e da Justiça. Com base na avaliação desses riscos ou de sua inexistência, o magistrado adota a melhor decisão, dentro das alternativas propiciadas pela lei. Na Bolívia, os prazos para a prisão preventiva são de até dois anos, o que complica a situação dos torcedores detidos em Oruru. Mais instigante ainda para a opinião pública em nosso país é a aplicação e o cumprimento de penas por parte daqueles que já foram julgados e sentenciados pela Justiça. Muitas vezes, impressiona a longa duração das penas às quais são condenados alguns autores de fatos criminosos no Brasil. A imprensa informa condenações que totalizam centenas de anos de encarceramento, tempo no qual nem o mítico Matusalém poderia sobreviver. É preciso um olhar técnico-jurídico para justificar a racionalidade dessas penas, considerando que sua aplicação, muito menor do que estabelecido na sentença, muitas vezes frustra a opinião pública. O Direito Penal lança sua teia de responsabilidade sobre comportamentos conflitantes com a Lei, ou seja, no sistema brasileiro, crimes ou contravenções penais. Adotamos a responsabilidade penal pelo fato. Cada uma das condutas penalmente ilícitas será submetida ao julgamento, mesmo que praticadas pela mesma pessoa. As penas serão aplicadas e estarão vinculadas a cada um dos comportamentos realizados. O tempo máximo de aprisionamento em decorrência de um único ato criminoso é de trinta anos, porque é proibida, pela Constituição da República, qualquer pena de caráter perpétuo. Toda pena deverá ter uma validade temporal previamente definida pela lei, elaborada por deputados e senadores. Julga-se o fato, mas a execução da pena recai, no caso do aprisionamento, sobre a liberdade da pessoa autora da conduta incriminada. Portanto, as várias condenações derivadas dos mesmos ou de diversos autos processuais são unificadas para fins de execução da pena. Sendo vedada a perpetuidade do castigo penal, o legislador, no artigo 75 do Código Penal, definiu o prazo máximo de trinta anos para o encarceramento contínuo. A quantidade de pena privativa de liberdade que ultrapassar esse marco temporal poderá ser considerada para fins de reinicio da contagem do prazo em caso de fuga, impedir mudança de regime prisional ou para inviabilizar a liberdade condicional. Entretanto, ninguém poderá permanecer preso continuamente por prazo superior a trinta anos, pois isso representaria uma pena de caráter perpétuo. Ao Judiciário cabe cumprir e fazer cumprir a Constituição e as Leis. Os juízes de direito têm a responsabilidade de realizar as interpretações exatamente de acordo com as normas e princípios definidos pelo povo, por meio de seus representantes no Parlamento, na Constituição e nas leis ordinárias. Ao agirem assim, os magistrados contribuem muito para a prevalência do Estado de direito e dos princípios da cidadania. *Desembargador Cláudio dell´Orto é o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ). Postado por Raimari Cardoso às 09:43 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut terça-feira, 4 de junho de 2013 Distribuição de atribuições: para que serve? Emylson Farias A Constituição Federal e as leis infraconstitucionais estabelecem, expressamente, as atribuições de diversos órgãos. E não por acaso. Trata-se de uma questão de organização administrativa, com o objetivo de assegurar que o serviço público se desenvolva de forma harmoniosa, eficiente e eficaz. Tamanha é a importância da divisão de atribuições e funções, que o Código Penal tipifica como crime a conduta consistente em usurpação de função pública, à qual comina as penas previstas no art. 328 a quem incidir nesse comportamento. Para parte significativa da doutrina e da jurisprudência também pode figurar como sujeito ativo desse crime o funcionário público. E essa divisão ganha relevo quando se trata das funções de cada uma das forças de segurança pública, área do poder público, que, por envolver o serviço policial, exige regras bem delineadas quanto às atribuições das polícias. Afinal de contas, a segurança pública é um direito fundamental, por isso merecendo, do Ordenamento Jurídico, a proteção necessária. Todavia, não são raras as vezes que esse princípio de organização do Estado é violado ou negligenciado entre as diversas instituições, o que tem ocorrido com certa frequência entre as corporações policiais. Talvez pelo pensamento equivocado de alguns, que insistem em subestimar o regramento de organização do Poder Executivo, simplesmente porque comparam as consequências de sua violação com aquelas cominadas à infração às normas do processo judicial. Esse pensamento é superficial e errôneo, pois é sabido que o ato administrativo tem que ser dotado dos seguintes requisitos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Além disso, o ato deve obedecer aos princípios expressos no art. 37 da Magna Carta, a saber, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Merece destaque o requisito da competência. De acordo com a renomada administrativista Maria Sylvia Zanella Di Pietro, competência é o “conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo” (Direito Administrativo. 8 Ed. São Paulo: Atlas, 1997). Essa competência é distribuída segundo critérios de matéria, território, hierarquia, tempo, entre outros. Em direito administrativo, nada subsiste se não for norteado pela legalidade. Para o administrado, significa dizer que “ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão, em virtude de lei”. Ou seja, se não existir uma norma proibindo determinado comportamento tal, é permitido ao particular. Já em relação ao agente público, este somente pode praticar um ato se a lei expressamente o autorizar. Do contrário, o ato será ilegal. Como policial e gestor da Polícia Civil do Estado do Acre, tenho visto com muita preocupação e perplexidade o desrespeito que algumas instituições têm tido em relação à função constitucionalmente confiada à polícia judiciária do Estado. Isso se traduz desprestígio a uma instituição que tem, a cada dia, agido com imparcialidade e crescendo em credibilidade e reconhecimento da sociedade acriana. A Polícia Civil vem cumprindo com excelência o seu mister, independente de quem seja alvo de suas investigações, sempre com o olhar voltado à missão que a Lei Maior lhe conferiu expressamente. Prova disso são as diversas operações desencadeadas pela instituição, algumas oriundas de investigações complexas, como as operações “Delivery” e “Diáspora”, a primeira, de enfrentamento à exploração sexual e, a última, de combate à instalação da organização criminosa denominada “PCC” em nosso Acre. Note-se que a chamada “Operação Limpidus”, que apurou desvio de recursos públicos, resultou no indiciamento e na prisão de várias pessoas, dentre as quais membros de partidos da base aliada do governo do Estado. Cite-se ainda, a investigação da morte do Vereador Pinté, à época presidente da Câmara Municipal de Acrelândia-AC, que culminou com a prisão do prefeito daquele município, que também pertencia a partido da base aliada do Governo. Não foi diferente em relação ao indiciamento e prisão de uma vereadora do município de Feijó, a qual também era integrante de agremiação partidária ligada a Frente Popular. Cabe aqui fazer a justiça necessária ao governador, que jamais tentou ingerir em qualquer investigação da Polícia Civil, e nem poderia fazê-lo, exatamente porque quem conferiu as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais no âmbito estadual foi a Constituição Federal, a nossa Lei Magna. A polícia não tem cor partidária. Age com o único escopo de bem e fielmente cumprir o seu papel junto à sociedade. Entretanto, ao observar a chamada “Operação G-7”, recentemente realizada pela Polícia Federal em nosso Estado, aconteceu algo que, no mínimo, chama a atenção de qualquer operador do direito: se coube à Justiça Estadual apreciar os pedidos de busca e apreensão e de prisão provisória dos envolvidos, automaticamente caberia à Polícia Civil, e não à Polícia Federal, as investigações correspondentes, inclusive a representação pelas medidas cautelares. Diante desse cenário, outros questionamentos emergem: porque a Polícia Federal, a exemplo de outros inúmeros casos, ao verificar que o caso seria de competência da Justiça Estadual, não remeteu o inquérito à Polícia Civil? E o Poder Judiciário do Estado do Acre, ao deparar-se com as investigações, por qual motivo não determinou o envio dos autos à autoridade policial competente para as investigações? Convém lembrar que, ainda que o inquérito pertinente à operação G-7 tenha sido oriundo de desdobramento de outra investigação no plano federal, isso não afastaria a atribuição da polícia judiciária do Estado. Ora, a Polícia Civil acriana sempre conduziu suas operações de forma técnica, imparcial, com discrição, sem vazamentos de informação, sem exposições desnecessárias sem precipitações, e sem desrespeitar os direitos e garantias dos investigados. Não há pretexto que justifique qualquer falta de credibilidade para com uma instituição que tem crescido e se qualificado cada vez mais no trabalho de apuração das infrações penais. Registre-se que, no tocante às funções das polícias Federal e Civil, tal encontra-se suficientemente delimitado no art. 144 da Constituição Federal de 1988, não cabendo qualquer alegação de desconhecimento ou de tolerância à infração de uma norma de natureza constitucional. Destarte, sem adentrar ao mérito de qualquer investigação feita por outros órgãos ou instituições, deixo aqui estas singelas, mas necessárias palavras para, na condição de dirigente da Polícia Civil do Estado do Acre, externar o sentimento de reprovação a qualquer ato, seja ele emanado de que autoridade for que venha a desprestigiar, desconsiderar ou usurpar a missão que o povo, através do legislador constituinte, confiou às polícias civis dos Estados. Mas, afinal, para que serve a distribuição das atribuições a cada órgão? Traduz-se em verdadeira garantia de que o cidadão contará com uma atuação eficiente do Estado, na busca do interesse público. Emylson Farias da Silva é secretário de Estado da Polícia Civil do Acre. Postado por Raimari Cardoso às 18:04 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut segunda-feira, 3 de junho de 2013 Estiagem thumb_rio-riososo O governador Tião Viana decretou estado de emergência em cinco cidades acreanas em decorrência do baixo nível das águas do Rio Acre. São elas: Rio Branco, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil. A medida considerou o relatório apresentado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que identificou poucas e irregulares chuvas em todo o Estado a partir do mês de abril. A portaria foi publicada na edição desta segunda-feira, 3, do Diário Oficial do Acre. Essas cinco cidades têm como fonte de captação de água para tratamento e distribuição a bacia hidrográfica do Rio Acre. A população total desses municípios ultrapassa os 395 mil habitantes, dos quais 85% moram na capital. Leia mais na Agência de Notícias do Acre. Postado por Raimari Cardoso às 20:31 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Inconstitucional Do site Ac24horas A Defensoria Pública do Estado vai entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei Municipal criada pela prefeitura de Xapuri que cria a Defensoria Pública Municipal. O sub-defensor geral do Estado, Fernando Morais, disse que a Lei Municipal é inconstitucional porque a atribuição de criar defensorias é da União e dos Estados. “Nós primeiramente criamos uma comissão para estudar medidas judiciais que devem ser adotadas. A Constituição diz que é missão concorrente da União e dos Estados criar defesa jurídica gratuita. Portanto essa lei do Município é inconstitucional”, diz o defensor. O tema também foi pauta na última sessão do Conselho da OAB/AC, que nomeou uma relatoria para tratar sobre o caso. Mas a priori, o Conselho considerou inconstitucional a Lei Municipal. O prefeito de Xapuri, Marcinho Miranda (PSDB), disse que ainda não recebeu nenhuma notificação, mas que se for obrigado vai atender a decisão da Justiça. “Não posso fazer nada ilegal. Se eu for notificado vou só atender” disse o prefeito. De acordo a Lei, sancionada pelo prefeito, um advogado atuaria na Defensoria atendendo somente pessoas de baixa renda beneficiárias do programa Bolsa Família. Nota do blog: Então que a Defensoria Geral do Acre cumpra com o seu dever constitucional. É muito simples. Postado por Raimari Cardoso às 20:19 Um comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut domingo, 2 de junho de 2013 Ladrões do novo mundo *JOSÉ CLÁUDIO MOTA PORFIRO Essa de novo mundo é invenção do Cristóvão, aquele que substituiu a avestruz, pôs o ovo em pé - ele - e saiu correndo da sena feito louco varrido ainda com as calças na mão. Pirou! O ovo era grande demais e teria exigido muito trabalho para dar-se à luz de um dia cinzento de Espanha. Muito mais lerdo que tranquilo. Isso é o que o Colombo era. Depois, muito mais por falta de iniciativa que por uma questão de não reconhecimento por parte dos monarcas espanhóis, o famigerado morreu solitário num convento católico em Valladolid, rodeado de monges rabugentos que queriam que logo o catre fosse desocupado por aquele estorvo que deu início à ruína completa de astecas, maias, toltecas e incas. Que tivesse morrido bem antes e teria poupado o mundo de tanta tragédia. Grande pústula! Agora mesmo, olhando por um ângulo mais abrangente, vemos a velha Europa lá do outro lado do Atlântico. Pensemos, pois! Os europeus saquearam o mundo e hoje, talvez por castigo, passam pela vergonha que é terem roubado e não terem conseguido carregar o fruto do roubo. Se eles pudessem gatunar ainda mais, teriam anexado, sim, principalmente, as três américas à Europa, e teriam desconstruído a pangeia, o fenômeno legendário segundo o qual os continentes foram formados nas primeiras eras, ou na Era do gelo, como quer a 20º Century Fox Home Entertainment. Então, para batizar essa joça de texto, em verdade vos digo que, segundo o Evangelho de Mateus (12, 39), é preciso logo compreender que, se o dono da casa soubesse a hora em que viria o ladrão, não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Ora pois, pois! Aí, o Brasil já se deitara em berço esplêndido. Não sei com qual prostituta invasiva acompanhara-se. A velha pátria mãe tão distraída dormia a sono solto sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações, como trata o samba do Chico. A Amazônia, então, não estava entregue às moscas, mas aos ladrões do novíssimo mundo - o mundo de Henry Wickham - aquele salafrário inglês que roubou setenta mil sementes de seringueira e acabou com a hegemonia do Brasil na produção de borracha. Eis o maior e talvez o primeiro exemplo de biopitaria que viria para prejudicar exatamente o Acre, à época o grande produtor de látex em nível internacional. Mil demônios lusos com a cara do Cabral, ou do Vasco! Xô azar! Embora não seja tão possível, a questão aqui tratada quer dizer respeito única e exclusivamente a Portugal, uma nação pequenina que roubou uma grande nação por trezentos ou mais anos. Ah, pilantras! Vieram com os seus machados e foices. Destruíram toda uma floresta tropical imensa que ia do Pará ao Rio Grande do Sul. Além de outras espécies, a árvore símbolo da nação brasileira foi dizimada quase por completo e transformada em tinta para tecidos fabricados na Europa, ou em móveis decorativos para os ambientes frequentados pela alta burguesia de Portugal e países vizinhos. (Burgueses analfabetos e nada imbecis, é claro!) E as gerações de brasileiros foram se deixando roubar pelos séculos a fio. Depois, foi a vez do roubo do ouro. As terras das minas gerais foram completamente devastadas pela ação destruidora dos portugueses que, além de levarem praticamente todo o minério brasileiro, ainda houveram por bem cometer o assassinato mais chocante da nossa história mais antiga. Os trastes, primos do Vasco e do Camões, cometeram a barbaridade que foi enforcarem e trucidarem o Joaquim José, um sujeito que apenas achava que os impostos pagos pelos mineiros eram muito altos. E, enquanto o trabalho nas minas também matava de inanição e de cansaço negros e brancos tornados escravos, lá longe, lá nas cidades, vivendo do bom e do melhor, portugueses analfabetos gozavam as benesses de um sistema que os mantinha enquanto parasitas de um povo que por eles foi roubado por trezentos anos ou mais. Ah, ladrões! (E pensar que, hoje, os brasileiros aguentam o triplo do imposto pago na época de Tiradentes, isto, em valores relativos, é claro!) Com a cana de açúcar ocorreu algo idêntico. A diferença é que a sua exploração acontecia - como ainda acontece - basicamente, na região nordeste. Muitos foram os escravizados em um trabalho que tinha como óbice maior matar o trabalhador de fome para que ele não pedisse aumento de salário. Pior é considerar que os atuais usineiros nordestinos usam os mesmos métodos cruéis, agora, com o amparo de gente como o Renan Calheiros e a sua curriola de políticos de bundas magras e ambições maiores que as suas cabeças descomunais. Alô, Mariete Costa, meu amor! É preciso considerar levas e levas de portugueses que vieram para o Brasil nas primeiras décadas do século vinte, como Adão, Antonino, Belchior, Manoel, Eurico, Tomás, João Fonseca, dentre muitos outros. Nesse meio, praticamente não havia enganadores. Eles chegaram aqui para trabalhar, com certeza, para ajudar a construir o grande Brasil que hoje conhecemos. Com alguns deles eu cheguei a conviver e afirmo-vos, de cátedra, que o seu espírito empreendedor ajudou muito os xapurienses, com empregos, e o Acre que, àquela época se ressentia da crise da produção da borracha que se alastrava de seringal a seringal. Mas é preciso voltar um pouco no tempo e observar a fórmula mágica que os primeiros portugueses usaram para aqui chegar na época do infortúnio que foi o tal descobrimento do Brasil. Ô falta de sorte! No século dezesseis, realmente, pouca sorte rondava as regiões mais ocidentais do mundo, as Américas. Em 1500, então, houve por bem acontecer o pior aos brasileiros da primeira época, os índios que eram donos da terra que hoje dizemos nossa. Veja só a desgraça, dona Filomena Cruz! Quando os navios ingleses partiram rumo ao novo mundo, o vento os empurrou direto à costa dos Estados Unidos, em linha reta. Não demoraram nada e já fundaram as treze colônias, com bancos, escolas e igrejas para todos, além de casas resistentes ao frio da América do Norte. Em uma outra época, o vento não estava para nós, mais uma vez e, a partir do momento em que Cabral se pôs ao mar, o ar ficou parado e as calmarias fizeram com que os navios portugueses ficassem empacados no meio da viagem rumo às Índias. Quando cessou a calmaria, eles foram empurrados no rumo de cá, para o meu desespero, à época ainda um querubim de bunda gorda. Se os ventos tivessem empurrado os ingleses no rumo de cá, nós hoje seríamos mais interessantes que Austrália e Nova Zelândia, posto que as nossas índias são incrivelmente mais belas que aquelas aborígenes manchadas de nódoa de jenipapo. Poupe-nos! Não. Para o Brasil tinha que vir a escória da humanidade representada, logo depois, por assassinos que aqui chegavam para cumprir pena pelos crimes mais hediondos possíveis praticados em Portugal. Como prosperaríamos a partir de uma fórmula sacana como esta? Bem. Os ingleses tinham tecnologia e chegaram onde bem entenderam. Já os portugueses, ao imitarem o Vasco da Gama, tornaram-se os primeiros vice-campeões ao descobrirem um Brasil cheio de riquezas, que depois se transformaram na miséria de um povo que hoje vive das migalhas que lhes são concedidas pelos neo ladrões mandatários do FMI e do Banco Mundial. Em 1808, foi pior ainda. Preste bem atenção, dona Sandroca Rocha. Numa dessas noites de alta orgia com os garotões franceses que lhe cheiravam e bafejavam o cangote, Napoleão Bonaparte, o imperador maricas da França, foi aconselhado pelos outros gays a empreender uma nova guerra, agora para anexar Portugal aos domínios franceses. Na mesma noite, então, Dom João VI, o rei de Portugal, sonhou que algo de muito ruim aconteceria à terrinha pelas mãos de Napoleão. O português, comilão e fedorento, não contou conversa. Corria que o pé batia no traseiro gordo e findou chegando ao embarcadouro, de onde mandou avisar aos seus fidalgos vagabundos que estava de partida rumo ao Brasil, levando consigo comandita imensa e mais uma mãe doida, aquela vaca que mandou matar o Tiradentes. Quem gostaria de vir para o quinto dos infernos? Todos quiseram. Aqui haveria fartura e o Napoleão que triturasse o zé povim português mais pobre. Que eles se lascassem! O rei medroso trouxe consigo uma malta de vagabundos... Eles sequer sabiam ler e, por conseguinte, nem para alfabetizadores das crianças brasileiras serviram. Eram chamados fidalgos. E foram estes tais que nos deixaram como herança uma corja de políticos malfeitores que ainda hoje atravancam o desenvolvimento nacional com a sua politicanalhice, estilo Fernando Collor. É extremamente lúcido o Millôr Fernandes ao dizer a você, meu arrojado surripiador do erário, que tu deves roubar ainda hoje, porque amanhã poderá já ser ilegal... Mas calma. A Polícia pode ter grampeado até os teus tambores, a fumaça branca da capela sistina e o celular de última geração, aqueles que basta fazer deslizar o dedo, e pronto. Tenho dito e escrito. __________ *Cronista do novo mundo de Xapuri: www.claudioxapuri.blog.uol.com.br. Postado por Raimari Cardoso às 07:49 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut sábado, 1 de junho de 2013 Pitbull é para os fracos DSC07756 Foi libertado no rio Acre, o comedor de galinhas. Postado por Raimari Cardoso às 08:43 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut sexta-feira, 31 de maio de 2013 Palco 107 Olhando deste lado do alambrado e pensando nas muitas histórias que se desenrolaram dentro dessas quatro linhas mágicas e nos tantos personagens que atuaram nesse palco sagrado do esporte xapuriense. Tenho certeza de que cada um que desfrutou de alegrias e emoções nesse pedaço de chão, seja no gramado ou na arquibancada, tem algo inesquecível para contar. E o blog está à inteira disposição para compartilhar. Comentário enviado pelo ex-prefeito Jorge Akel Hadad, O Jorgito: Caro Raimari, Na verdade, esse seu comentário tocou fundo não só em mim como também, certamente, em muitos xapurienses ex-atletas como eu. Permita-me compartilhar fatos históricos sobre o estádio Góes e Castro, já que este foi seu nome original, oriundo de um decreto da década de 80, quando passamos pela prefeitura, tendo a arquibancada sido nominada Dr. Adalto Frota. Infelizmente, não existem mais os referidos nomes na arquibancada e no estádio, o que lamento, em razão da memória histórica de Xapuri. Faço esse parêntese, pois bem sei o quanto me custou organizar o estádio e construir a arquibancada, anseios da população à época. Nesse contexto, sinto-me no dever de fazer justiça à história e registrar a ajuda recebida de meu então diretor financeiro, João Moreira, meu "braço forte", o qual, além de ser um verdadeiro atleta, também era idealizador. Em sequência, registro agradecimentos ao funcionário da prefeitura, Calixto Alves, responsável pela exemplar manutenção do estádio. Em relação às muitas alegrias provenientes desse templo do esporte, concordo que, de fato, muitas lágrimas, tanto de alegria como de tristeza verteram de torcedores xapurienses fervorosos, principalmente nas partidas intermunicipais, quando jogávamos contra o Rio Branco. Por fim, gostaria de citar todos os atletas que passaram por esse patrimônio cultural de Xapuri, como eu e meu filho Carlos Roney (Carlinhos) e nossos companheiros do Brasília, mas, por serem tantos, não o farei para não pecar ao lembrar de alguns nomes e esquecer de outros, portanto, encerro homenageando a memória de todos os atletas que atuaram em Xapuri e pisaram no solo desse palco para representar nossa querida princesinha do Acre. Abraços, Jorge Hadad. Postado por Raimari Cardoso às 17:24 Um comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quinta-feira, 30 de maio de 2013 Não existe almoço grátis! Por Marcos Hiller Quando nosso amigo Mark Zuckerberg criou o Facebook em um simples dormitório de Harvard, ele não criou um site para conectar as pessoas. Cá entre nós, ele criou uma mídia. Uma potente mídia que hoje atinge mais de 1 bilhão de usuários e onde as marcas, por exemplo, se apropriam do espaço comunicacional para tentar construir histórias relevantes e com isso seduzir e arrebanhar consumidores. Ou seja, criam uma fanpage, investem em design, desenvolvem um planejamento de conteúdo e, assim, alcançam mais um “touch point” de conexão com os seus mais diversos públicos. Mas, de novo, o que Zuckerberg criou ali foi uma mídia à serviço de agências de publicidade e de anunciantes com gordos orçamentos de marketing para atingir suas respectivas metas de vendas, engajamento, reputação, envolvimento, likes ou como queira chamar. E quando se cria a uma mídia, ainda mais no ecossistema digital que habitamos, é preciso que se pense na forma de como ganhar enormes volumes de dinheiro com aquilo. No final do ano passado, o Facebook arquitetou uma manobra que gerou críticas por todo o mundo. Ele virou uma chave e, de uma hora para outra, apenas uma pequena fração de usuários passou a enxergar os posts que uma marca publicava em sua fanpage. Há quem diga que míseros 16% de nossos “curtidores” vêem o que nossa marca publica. Quer que mais usuários (ou “likers”) visualizem uma publicação de uma promoção, ou foto ou frase do dia? É muito simples? Pague! Vou usar uma analogia terrível, mas é exatamente assim que enxergo essa polêmica manobra de Zuckerberg. Ele fez o papel do traficante que começa aliciando com drogas leves e grátis para em seguida cobrar caro pelo vício de substâncias mais pesadas. Guardadas as devidas proporções dessa triste analogia, foi exatamente assim que muitas marcas se sentiram. Começam a pagar e a investir alto para poder conversar com um número cada vez maior de fãs. Nesse sentido, as marcas questionar: por que colocar uma grande quantidade de energia para a construção de uma presença online consistente e sedutora no Facebook, se isso não atinge 100% de nossos fãs? E as taxas cobradas pelo Facebook não são baratas. O que nos conforta é que vivemos num capitalismo livre. Isso não é extorsão de dinheiro, é apenas capitalismo. Um sistema feroz, mas é assim que a banda toca hoje. Não existe almoço gratis! Eles estão certos e escorados em uma simples lógica de livre mercado. Do ponto de vista de um CEO ou de um Diretor de Marketing de uma grande empresa, esse é um grande dilema. Investir? Quanto investir? Como mensurar? Dezenas de questionamentos como esses são feitos nas mesas de reuniões no exato instante que você lê esse meu despretensioso texto. O curioso dessa história é que não foram apenas as chamadas "páginas de fãs" que sofreram com essa mudança, pois começamos a perceber que as nossas publicações em páginas de perfis (de usuários individuais do Facebook, gente como a gente) também não estavam sendo vistas por 100% de nossos amigos. Sim, isso mesmo, eu, com o meu perfil pessoal, posso pagar e também promover meus posts. Basta dar o número de cartão de crédito que os likes se multiplicam. Vemos aqui uma intenção clara do Facebook em induzir as pessoas a se enxergarem como marcas. E, ao analisarmos o comportamento online de marcas nessas plataformas, percebemos que algumas delas também se humanizam, se personificam, justamente para ir atrás do tão almejado polegar pra cima de seu consumidor-fã. O Ponto Frio é um clássico exemplo, com a criação do pinguim que tenta humanizar a marca, aplicando certa dose de bom humor para se aproximar cada vez mais dos usuários. A estratégia é ousada. O problema é que esse tom de comunicação da marca Ponto Frio nas redes sociais destoa completamente dos demais pontos de contato da marca, como por exemplo o 0800, a propaganda, a postura de um vendedor da loja, etc. Dessa forma, não somente não se constrói marca, mas se direcioná o foco para o líder de categoria. As marcas tentando se humanizar e as pessoas tentando se transformar em marca. Pessoalmente, como um blogueiro (blogdohiller.blogspot.com), eu jogo o jogo e dou dinheiro para o Facebook no sentido de promover os meus textos, cursos, debates sobre branding e demais projetos que promovo. Vejo como um acordo de reciprocidade nos dois sentidos, porque eu divulgo a minha marca (meu blog) no Facebook e ele reforça a percepção da marca Facebook por meio de widgets de destaque em meu espaço. Mesmo assim, estou quebrando a cabeça e tentando achar outras maneiras de direcionar o tráfego para o meu blog. Enquanto isso, vou utilizando meu Twitter (twitter.com/MarcosHiller) que ainda não virou essa chave (se virou, ainda não percebi) e o Google+, que come pelas beiradas. Com essa forma feroz de ganhar dinheiro, Mark Zuckerberg está matando as presenças online de nossas marcas? É uma boa pergunta. Marcos Hiller é coordenador do MBA Marketing, Consumo e Mídia Online da Trevisan Escola de Negócios. Postado por Raimari Cardoso às 00:32 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quarta-feira, 29 de maio de 2013 O boiadeiro Anivaldo Tomei conhecimento de que hoje é o aniversário de Anivaldo José da Silva, peão de boiadeiro, 77 anos de idade, 63 de profissão. Para os conhecidos, ele é simplesmente “Nivaldo”, uma das figuras emblemáticas da comunidade xapuriense, que passou a maior parte da vida sobre um cavalo. Exemplo de gente simples e trabalhadora que simboliza a força e a determinação de um povo que verdadeiramente ama esta terra. Fiz a foto no ano de 2009, e confesso que é uma das que mais gosto em meu arquivo pessoal. Anivaldo é um sujeito que merece todas as homenagens. Postado por Raimari Cardoso às 17:06 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Baixa na “base de apoio” P4020432 O vereador Ronaldo Cosmo Ferraz (PMDB), presidente da Câmara de Xapuri, anunciou na sessão desta terça-feira, 27, que não compõe mais a base de sustentação política do prefeito Marcinho Miranda (PSDB) na Casa. Os motivos não foram explicados, mas Ronaldo Ferraz garantiu na tribuna que de agora em diante terá posicionamento “independente” nas decisões do Legislativo-mirim. A decisão do vereador pode ter causado alguma surpresa, mas não foi de todo inesperada. Há algum tempo, Ferraz vinha demonstrando insatisfação com algumas situações não muito claras e até mesmo tecendo críticas contra a relação de alguns secretários de Marcinho com servidores municipais. Para o vereador, alguns funcionários estariam sendo perseguidos, o que a administração rebate. Com o anúncio de Ronaldo Ferraz, o prefeito Marcinho Miranda passa a contar com apenas quatro vereadores em sua base de apoio contra o mesmo número na bancada de oposição, que é inteiramente petista. Resta saber o que mudará na Câmara caso a rusga entre Ronaldo e o prefeito seja duradoura. Considerando-se que seja, o voto de Minerva poderá vir a se tornar uma séria preocupação para o gestor tucano. O presidente do diretório municipal do PMDB e representante de Marcinho Miranda na Câmara, vereador Celso Paraná, lamentou a decisão “precipitada” de Ronaldo Ferraz e afirmou que, apesar disso, confia na sua seriedade e competência. Segundo ele, a atitude do colega de partido está longe de representar uma troca de posição política dentro da Câmara. “Não se animem”, disse, se referido à bancada de oposição. Postado por Raimari Cardoso às 00:03 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut terça-feira, 28 de maio de 2013 Na porta Na porta Todo outono ela vem me visitar. Postado por Raimari Cardoso às 09:14 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut segunda-feira, 27 de maio de 2013 OCA Xapuri comemora três anos de funcionamento oca xapuri A Central de Serviço Público - OCA Xapuri – completou três anos de funcionamento nesta segunda-feira, dia 27 de maio. A data se constitui em um marco para a comunidade xapuriense com relação à maneira de acessar os serviços públicos ali disponibilizados. Neste período, a OCA transformou radicalmente a relação entre população e órgãos prestadores de atendimentos essenciais, tendo como base a excelência na prestação dos serviços. A criação das Centrais e do Decreto 3.357/2008 (Política Estadual de Atendimento ao Cidadão) estabeleceu o objetivo de elevar a qualidade do atendimento, a satisfação dos usuários, resgatar a cidadania, facilitar o acesso e dar credibilidade aos serviços públicos. O cumprimento destes princípios tem sido o foco principal da OCA Xapuri para seguir dignificando a população que precisa dos serviços. “É uma honra poder servir à população de Xapuri com um atendimento digno, de qualidade e poder contar com a população para continuarmos servindo à nossa amada princesinha”, diz a gerente da Central - Conceição Oliveira-, que desde a inauguração dirige a OCA Xapuri. As Centrais de Serviço Público integram diversos órgãos e serviços e representam a modernização do serviço público no Acre, política que recebeu, apenas no governo Binho Marques, cerca de R$ 60 milhões em investimentos. Em um único atendimento, o cidadão pode solicitar documentos como carteira de identidade, carteira de trabalho, CPF, certidões de nascimento, casamento ou óbito, além de serviços prestados por instituições dos governos federal, estadual e municipal. Para tornar possível o novo padrão de qualidade no atendimento, todos os funcionários passaram por uma rigorosa e especializada capacitação, para assim prestar o melhor serviço ao cidadão. Neste ponto, a experiência dos últimos três anos foi igualmente fundamental. Um dos fundamentos da OCA é o de que o cidadão tenha sempre todas as informações sobre as etapas de serviços que ele vai solicitar: valor, prazos e toda a tramitação do processo. O prédio onde funciona a OCA Xapuri faz parte do Centro Histórico da cidade e foi recuperado para acolher a população. Lá funcionava uma das duas mais movimentadas casas aviadoras de Xapuri: A Limitada, responsável pelo abastecimento de boa parte dos seringais da região, história que está retratada em um memorial que também faz parte da Central. A OCA Xapuri se configura na implantação pioneira da terceira geração da estratégia nacional de atendimento ao cidadão. Sobretudo, o Acre é o único estado no País a possuir legislação específica de atendimento ao público. oca_xapuri_foto_sergio_vale_4 Com informações de Haroldo Sarkis, do blog Xapuri em Destaque. Postado por Raimari Cardoso às 09:02 Um comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut domingo, 26 de maio de 2013 Epidemia brasileira image Mais um jovem perde a vida sobre duas rodas nas ruas de Xapuri. Ele era Jadson Lima, 17 anos. A tragédia aconteceu nas imediações do escritório do DEPASA, na Rua Cel. Brandão, por volta das 5 horas da manhã deste domingo. Na sua página no Facebook, amigos se despedem e lamentam a perda. As mortes por acidentes de motocicletas no Brasil se tornaram uma verdadeira epidemia negligenciada pelas autoridades. Postado por Raimari Cardoso às 14:36 2 comentários: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut sábado, 25 de maio de 2013 Sugestão de cinema opianista O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe. É um filme forte, que mostra os horrores da Guerra por um ângulo diferente daqueles comumente exibidos. Clique aqui para assistir. Postado por Raimari Cardoso às 11:23 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut sexta-feira, 24 de maio de 2013 “Fonte do Guilhermão” 128 Segundo relatos de antigos moradores a fonte tem mais de 100 anos de existência. Está localizada ao lado da Rua Cel. Brandão, à altura da esquina com a Rua do Ibama, nas terras que pertenceram a Sr. Guilherme Ferreira, o Guilhermão, e, mais recentemente, ao Sr. Chico Alves. Deve ter saciado a sede de muitas gerações. Postado por Raimari Cardoso às 10:32 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quinta-feira, 23 de maio de 2013 Fraternidade e Juventude João Baptista Herkenhoff Há cincoenta anos celebra-se na Quaresma a Campanha da Fraternidade, sob a égide de um tema e a bandeira de um lema. A CNBB, que é um organismo da Igreja Católica, teve sempre o elogiável cuidado de escolher temas que unem as Igrejas cristãs, evitando temas que pudessem dividir. Graças a esse zelo, a Campanha da Fraternidade conta com o apoio dos cristãos das várias denominações, além da simpatia de um diversificado leque de opiniões presentes na sociedade brasileira. Durante este meio século os temas escolhidos foram, dentre outros: a vida, a comunidade, a família, o mundo do trabalho, os migrantes, os doentes, os idosos, a mulher, o negro, os comunicadores, os desabrigados, os desempregados, os encarcerados, os povos indígenas, os deficientes. Neste ano o grupo humano destinatário da Campanha da Fraternidade é a Juventude. Por que justamente neste ano elege-se a Juventude como tema para reflexão, debate e ação? As palavras Fraternidade e Juventude pedem um olhar fraterno dirigido aos jovens. O apelo a esse olhar fraterno parece-me bastante oportuno quando muitos, consciente ou inconscientemente, aceitam ou apóiam um olhar de ódio, incompreensão, criminalização apontando para os jovens ou, pelo menos, para uma parcela de jovens. Por que foi escolhido como lema uma frase do Profeta Isaías? “Eis-me aqui, envia-me” é o versículo 8 do capítulo 6. Isaías foi um profeta intrépido. Sua mensagem de denúncia e advertência foi inflexível. Não transigiu com meias palavras, motivo pelo qual foi martirizado. Diz-se que seus lábios foram queimados na brasa para significar que nem o poder, nem o martírio, nada devia calar sua voz. A defesa da juventude, nos dias atuais, exige atitudes corajosas porque enfrenta os interesses do lucro. O lucro não tem ética e, em benefício do lucro, a juventude pode ser corrompida por instrumentos muito mais sofisticados do que aqueles do tempo do Profeta Isaías. A Campanha da Fraternidade coloca um tema e um lema, mas o debate, em torno do tema e do lema, é livre. É convocada a consciência de cada pessoa individualmente, para refletir no íntimo da alma, e é sugerido que se faça o debate em grupo. No grupo partilham-se percepções e experiências. No grupo é licito e mesmo esperado que os participantes coloquem suas próprias preocupações individuais: os pais revelando os problemas que estão tendo com a educação dos filhos, a mãe dando seu testemunho de sofrimento com o filho que está se drogando. Se Cristianismo não é partilha, o que é Cristianismo, o que sobra do Cristianismo? João Baptista Herkenhoff é membro emérito da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória, professor itinerante e escritor. E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Homepage: www.jbherkenhoff.com.br Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/2197242784380520 Postado por Raimari Cardoso às 13:03 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut quarta-feira, 22 de maio de 2013 Operação G-7 e o Estado Policial de Direito Daniel Zen Sobre a Operação G-7, que culminou na prisão de membros do Poder Executivo por suposta prática delituosa, é desejo de todos os integrantes do Governo do Povo do Acre, sobretudo do Governador Tião Viana, o esclarecimento dos fatos que permita a tomada de providências de forma justa. As investigações e a conseqüente apuração da verdade devem prosseguir. E, a depender das conclusões do inquérito policial, da propositura ou não da competente ação penal, da regular tramitação do processo judicial com o respectivo julgamento, só temos a esperar que a justiça seja feita. Acredito que o país avança no sentido do combate às práticas de corrupção e também no combate a impunidade. Porém, como bacharel e mestre em Direito, não poderia deixar de tecer algumas considerações de natureza jurídica sobre os fatos ocorridos na sexta-feira, 10/05 do corrente. Lí todas as 409 páginas da representação da Polícia Federal e também as 29 páginas da decisão judicial que determinou a prisão preventiva de 15 investigados. Observa-se que todo o conjunto probatório que subsidiou o pedido e a decretação da prisão preventiva é formado por uma única espécie de prova: a transcrição de escutas telefônicas. São dezenas, talvez centenas, de trechos de conversas transcritas. A prisão preventiva, medida de exceção de natureza cautelar, por si só, não viola a garantia constitucional de presunção de inocência, desde que a decisão seja devidamente motivada e a prisão estritamente necessária. O objetivo dela é prevenir que um investigado perigoso cometa novos crimes ou ainda que, em liberdade, prejudique a colheita de provas ou fuja. Mas, não basta isso. Há a necessidade de que os demais requisitos estejam presentes. Exige-se, em primeiro lugar, prova cabal da materialidade do delito, ou seja, tem que restar indubitável que os supostos delitos em questão de fato ocorreram; e, em segundo lugar, tem que haver indícios fortes e robustos de sua autoria, ou seja, evidências suficientes que ao menos apontem para quem sejam os possíveis autores dos ilícitos praticados. A prova decorrente de escuta telefônica é, por essência e por definição, uma prova precária, que serve para duas coisas: em um primeiro momento, para subsidiar investigações no sentido da busca por outras provas materiais. Por exemplo, uma escuta telefônica que aponte para o cometimento de um suposto delito pode embasar um pedido de expedição de mandado de busca e apreensão; em um segundo momento, no sentido inverso, as escutas servem para corroborar outras provas já coletadas anteriormente. Sendo assim, deduz-se que é praticamente impossível, se não ao menos temerário, comprovar a materialidade de um delito somente a partir de escutas telefônicas. Isso porque entre a intenção manifesta em um trecho de conversa telefônica que aponta para a suposta prática de uma determinada conduta e a real ocorrência desta mesma conduta há uma distância enorme. Daí a necessidade de se buscar outros meios de prova para contribuir na formação do juízo de convencimento, tanto da autoridade policial quanto do Ministério Público e, por fim, do Poder Judiciário. No Brasil, onde é vedada a pena de morte e também a prisão perpétua, a privação de liberdade é a medida extrema. Só se priva de liberdade um cidadão, ainda que em caráter provisório ou preventivo, com observância estrita das hipóteses e requisitos previstos em lei. Não há interpretação elástica, ampliativa (numerus apertus), para decretação de prisão. Ao contrário, há interpretação restritiva (numerus clausus). Somente, repito, com a observância estrita das hipóteses e requisitos legais. No presente caso, no atual momento em que se encontram as investigações do inquérito policial, havendo apenas transcrições de escutas telefônicas e estando ausentes outras espécies de provas, ainda não se pode concluir com precisão sobre a materialidade dos delitos (ou seja, quais crimes ocorreram e se de fato ocorreram). E a própria magistrada reconhece isso em sua decisão, ao afirmar que há somente indícios de materialidade. Sendo assim, não há nem do que se cogitar quanto à autoria, que é sucedâneo da materialidade. Além disso, a liberdade dos investigados não causaria risco para a produção de novas provas (busca e apreensão de processos, contratos, documentos, computadores, o que, de fato, já ocorreu) tampouco fuga ou quiçá o cometimento de novos delitos. Estando ausentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, qual o contexto que explica o porquê de sua decretação? A resposta é simples: ao contrário do que preceitua nossa Constituição Federal, segundo a qual o Brasil segue o paradigma do “Estado Democrático de Direito”, vivemos sob a égide do “Estado Policial de Direito”. Um estado de “vigilância total” onde as forças da polícia judiciária, no exercício de suas atribuições, são contumazes em criar um ambiente propício a mitigação de direitos e garantias constitucionais fundamentais do cidadão, de forma sutil e não deliberada, muitas vezes imperceptível. As famosas operações não só prendem, mas permitem que se acusem, processem, julguem e condenem em um único ato, com a forte repercussão da imprensa, que tem acesso às informações antes mesmo que os advogados das partes, sujeitando ao linchamento público aqueles que ainda figuram na condição de investigados, sequer foram indiciados, muito menos processados e julgados, o que dirá condenados. Ao adotar esse modus operandi invasivo, sob o argumento de proteção de um bem maior (o combate a impunidade, a moralidade etc), é como se fossem queimadas várias etapas do processo judicial com a execração pública a que são submetidos os investigados desta e de outras operações. Se, futuramente, as investigações apontarem para o não envolvimento deste ou daquele indivíduo dentre os muitos que foram detidos, quem fará a reparação da imagem, da honra desta pessoa, posto que o julgamento perante a opinião pública já fora feito, por antecipação? Não se trata de uma crítica pessoal ou mesmo técnica aos delegados que presidem o presente inquérito. Muito menos à desembargadora que exarou a decisão de prisão. As forças que integram a polícia judiciária estão corretíssimas quanto a buscar exercer o seu mister com denodo e suas prerrogativas devem ser defendidas, mantidas, quiçá ampliadas. Porém, ao fazer isso, não podem, sob hipótese alguma, criar um ambiente propício ao desrespeito a direitos e garantias fundamentais, notadamente as de cunho individual, ainda que de forma sutil e implícita. O Poder Judiciário, por sua vez, não pode corroborar com tal prática. Lembremos que o argumento infalível da proteção do bem maior sempre fora o fundamento da máxima maquiavélica segundo a qual “os fins justificam os meios”. Ancorados em tais argumentos é que regimes totalitários se instalam e se solidificam no poder. Não quero crer (como de fato não creio) que as forças policiais e tampouco o Poder Judiciário estejam contaminados por questões externas ao processo investigativo. Não quero crer, por exemplo, que o árduo e severo debate em torno da aprovação da PEC nº 37, que procura subtrair do Ministério Público as prerrogativas de investigação, restringindo-as, em caráter exclusivo, às polícias judiciárias, esteja contaminando esta questão. Pois quem mostra mais energia (e o espetáculo da cobertura midiática, nestes casos, contribui para essa demonstração de “energia”) nesse momento, carreia a opinião pública ao seu favor. Não quero crer, também, que a contenda seja mais um elemento de antecipação da disputa política de 2014. Afinal, na cabeça da oposição, ninguém passa 14 anos e meio no poder impunemente. E é certo que a prisão de membros do Governo, sob forte acusação, ainda que com uma investigação inconclusa nesse momento, causa um estrago gigantesco na boa imagem que esse mesmo Governo vem construindo ao longo desses anos. Não quero crer, como de fato não creio. Mas, receio. Após o STF “mitigar” o princípio do duplo grau de jurisdição, corolário maior do princípio do devido processo legal (due process of law), avocando para si a competência de julgamento de quem não detinha prerrogativa de foro, impedindo que determinados réus da Ação Penal nº 470 tivessem o direito ao reexame da matéria, por intermédio do competente recurso, não duvido de nada e receio por tudo. Receio que, sob forte comoção da opinião pública, no legítimo anseio de dar as respostas que a sociedade precisa e espera, o Poder Judiciário passe a desconsiderar o rito processual definido em lei. Receio que forças reacionárias e conservadoras de direita, eternamente inconformadas com a ascensão das esquerdas ao poder, estejam tentando estender seus tentáculos para exercer alguma espécie de influência, obscura e sub-reptícia, na investigação em curso. Receio que as prerrogativas dos advogados sejam, paulatina e imperceptivelmente, desconsideradas, sob o argumento da periculosidade de réus e investigados ou da gravidade dos delitos em tese praticados. Receio que estejamos a um passo de um novo estado de exceção em nosso país: de estado democrático de direito, para estado judicial-policialesco. Daniel Zen é Secretário Estadual de Educação do Acre. Postado por Raimari Cardoso às 19:57 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut “Consciência tranquila do dever cumprido” Dercy Teles de Carvalho Cunha Nós, da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, nos dirigimos ao seu conceituado blog, mais uma vez, para repor a verdade a respeito da matéria jornalística intitulada "Filhos do Darly Votam No Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri", que está veiculada nos jornais A Gazeta e Página 20 de hoje (22/05). Em primeiro lugar queremos deixar claro que as pessoas que ilustram a foto da matéria jornalística não são mais sindicalistas, haja vista só contribuírem com o sindicato em ano eleitoral ou quando se coloca em pauta nas assembleias assuntos que é de interesse político-partidário, ou seja, que ameaça o poder, como foi a Eleição dos Delegados do STTR de Xapuri para eleição da Diretoria da FETACRE, em 2011, e a proposta de desfiliar o sindicato da CUT e etc. Só em ocasiões dessa natureza é que os referidos senhores pousam de sindicalistas e amigos de CHICO MENDES, que com certeza se os mortos tivessem direito de se manifestar Chico Mendes condenaria a atitude de seus ex-companheiros, que além de terem traído seus ideais ainda usam o seu nome para legitimar os seus feitos nocivos aos interesses dos trabalhadores, como foi a Operação RESEX LEGAL em novembro de 2008, haja vista, após a morte de Chico Mendes, o respectivo grupo ter comandado tanto o sindicato quanto as demais Entidade por 17 anos consecutivos e nada fizeram no sentido de viabilizar condições de vida melhores para a categoria. Ao contrário, faliram a Cooperativa Agroextrativista, fundada por Chico Mendes no ano em que ocorreu sua morte, sem que até a presente data tenha sido explicado aos sócios o motivo que a levou a falência. Portanto, é por essas e outras razões que a pecuária tomou conta dos seringais; não porque eu incentive, apenas sou a favor da vida e por isso continuo afirmando que se proibir a pecuária sem apresentar outra alternativa que a substitua em termo de geração de renda estaremos condenando a população extrativista a miséria absoluta. Hoje, não existe no estado nenhuma alternativa econômica que supere a pecuária. Quanto à participação dos filhos do Sr. Darly Alves e demais citados na matéria, na eleição do sindicato, não tem nada de ilegal, os mesmos detém propriedade rural e estão dentro dos padrões da agricultura familiar, são sindicalizados e estão de acordo com o que preconiza o Estatuto Social da entidade. Quanto à acusação de que estou partidarizando o Sindicato, é uma grande inverdade. Os trabalhadores rurais associados (as) são testemunhas de que no decorrer de nossa gestão, nenhuma sigla partidária imperou dentro do movimento sindical, ao contrário do passado, onde muitos associados se afastaram e outros não procuravam ingressar no quadro social por não concordarem que a sede do Sindicato fosse muito mais um comitê politico do PT do que propriamente sede de uma entidade de trabalhadores rurais. Porém, o que nos surpreende diante da atitude dos referidos questionadores é que os mesmos, além de não serem mais trabalhadores rurais e viverem de cargos comissionados, serem micro-empresários, não registraram nada do que estão questionando junto a COMISSÃO ELEITORAL no decorrer do pleito. Quanto à impugnação da Chapa denominada “Nossa História, Nossa Luta, ocorreu em função do descumprimento ao Edital de Convocação das Eleições, não por perseguição politica ou outras manobras como está sendo divulgado. Diante dos fatos, fica subtendido que o grupo politico não aceita que o Sindicato seja administrado por um outro segmento que não obedeça aos seus comandos. Portanto, estamos com a consciência tranquila do dever cumprido sem nada a temer. Sendo o dispomos para o momento subscrevemos-nos. Dercy Teles de Carvalho Cunha é a atual presidente do STTR de Xapuri. Postado por Raimari Cardoso às 16:47 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Filhos de Darly votam no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri Elson Martins, jornal Página 20. O histórico Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, internacionalmente conhecido como berço das lutas contra o desmatamento da floresta acreana, acaba de eleger sua nova diretoria, para o período 2013- 2017, com ingredientes polêmicos. A chapa única obteve 144 votos, incluindo os votos de Darlizinho, Oloci e Agnaldo, três filhos do fazendeiro Darli Alves, que, no dia 22 de dezembro de 1988, mandou matar o líder seringueiro Chico Mendes, expressão maior do sindicato. Os sócios da chapa contrária, Nossa Luta, Nossa História, que foi impugnada, decidiram votar em branco somando 91 votos. Além dos três da família Alves, votaram outros sócios suspeitos: os irmãos Geraldo e Otávio Pessigatti, pecuaristas na região; o sargento da Policia Militar, Orlando Lopes de Paula, que teve presença ostensiva na votação; a esposa do vereador Celso Garcia (PMDB), conhecido por "Paraná"; um médico lotado no Hospital de Xapuri; e duas irmãs da diretora do sindicato, Raimunda Silva, que moram há 14 anos em Porto Velho, mas foram convocadas para a eleição. SINDICALISTAS de Xapuri Júlio Barbosa, Chico Neri, Osmar Facundo e Raimundo Barros, acompanhados por Júlia Feitoza, recebem orientação do advogado Márcio Dagnoni - Foto: Elson Martins Júlio Barbosa, Chico Neri, Osmar Facundo e Raimundo Barros, acompanhados por Júlia Feitoza, recebem orientação do advogado Márcio Dagnoni - Foto: Elson Martins. A chapa vencedora teria recorrido a outros expedientes ilegais, como utilizar caminhões da Prefeitura para transportar eleitores, entregar a cada sindicalista, na hora de votar, um tiket refeição, e esconder dos adversários a lista dos aptos a votar que é uma exigência do Estatuto da entidade. Um policial que detinha a lista e só a consultava às escondidas, reagiu quando foi fotografado e proferiu ameaças. Um vereador do PSDB, após o encerramento, saiu gritando pela cidade: "Agora somos nós que estamos mandando"! Corda esticada Em março passado, os sindicalistas Raimundo Mendes Barros, Júlio Barbosa, Osmar Facundo e Chico Neri, todos ex-companheiros de Chico Mendes nos embates dos anos 1970, contra os fazendeiros que desmatavam a floresta para criar pastos para o boi, e que expulsavam as famílias das terras compradas aos seringalistas falidos, - vieram a Rio Branco anunciar a intensão de retomar a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Num boletim que publicaram na época, anunciaram os nomes que resgatariam as conquistas históricas da entidade: Sebastião Pereira da Silva, o Tião do Moisés, para presidente; e Francisco Neri, para vice-presidente, com outros 25 nomes compondo a chapa Nossa História, Nossa Luta. No boletim citado, eles registraram: "Em 2013 estaremos lembrando e refletindo sobre os 25 anos do assassinato do nosso grande companheiro Chico Mendes, símbolo de nossa resistência, de nossa história extrativista e do profundo e consciente amor que devotamos à natureza. Cabe a nós, herdeiros de sua inteligência e liderança, do seu humanismo e solidariedade, não desapontá-lo nunca. Primeiro, não devemos esmorecer e abandonar a luta vitoriosa iniciada em meados dos anos 1970, porque ela é a nossa força, a nossa identidade. Em tempos muito difíceis, de intolerância e desrespeito aos direitos humanos, mostramos do quanto somos capazes ao defender nossas famílias e nossa floresta". DERCY Telles: atitude que surpreende - Foto: Cedida Dercy Teles: atitude que surpreende A eleição prevista para 18 de Maio se confirmou sábado passado, mas não como eles previam. A atual diretoria do sindicato, encabeçada por outra ex-companheira de Chico Mendes, a sindicalista Dercy Teles Carvalho da Cunha (ex- PT, ex-PV e atual PSOL) desde 2008, em aliança com Osmarino Amâncio (também ex-companheiro de Chico), acirra a dissidência sindical com um crescente viés politico partidário. Dercy, que dirigiu o Sindicato no início dos anos 1980 e encerra seu segundo e atual mandato em junho, 20, conseguiu junto à Justiça do Trabalho em Epitaciolândia, município vizinho, a impugnação da chapa Nossa História, Nossa Luta, com a alegação de que esta tinha três nomes com relação de parentesco na sua composição, o que infringia o Estatuto. Começou aí uma corrida judicial com recurso encaminhado a Porto Velho, mas prevaleceu a eleição capenga, segundo Raimundo Barros e seus companheiros, que nesta segunda feira, 20, contrataram em Rio Branco o advogado Márcio Dagnoni para conduzir a questão judicialmente. "Tem muitas falhas no processo" – disse Dagnoni ao examinar via Internet, no site do Tribunal de Justiça do Trabalho, as peças encaminhadas no cumprimento. "Vocês estão com a faca e o queijo na mão", arrematou. Futuro sombrio Para os sindicalistas queixosos, entretanto, a situação é bem mais complexa: "Eles estão se organizando contra nós, trabalhadores rurais, e a Dercy erra porque está politizando sua atuação no Sindicato", afirmou Júlio Barbosa, que após a morte de Chico Mendes foi eleito prefeito de Xapuri em dois mandatos seguidos, pelo PT. Ele acrescentou que o PSOL, o PSDB e o PMDB estão juntos manobrando para desacreditar os projetos do PT no Acre. O perigo, argumenta Júlio, é a descaracterização do sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, que passa a receber como sócios os filhos do Darli, assassinos de Chico Mendes, embora sejam produtores rurais e não trabalhadores rurais: "Darlizinho é empresário, possui máquinas e faz terraplenagem para a Prefeitura; Oloci cria 2 mil bois", informa. Raimundo Barros, Chico Neri e Osmar Facundo concordam que Darcy Teles, por indução politico-partidária, está apoiando atitudes que podem inviabilizar a Reserva Extrativista Chico Mendes, onde vivem 10 mil extrativistas iniciando alternativas de renda com a preservação da floresta. "Ela está apoiando a pecuarização da reserva, aceitando o desmatamento, o fogo e a criação de bois nas antigas colocações de seringa. Isso vai ser o fim dos nossos irmãos extrativistas e o fim da nossa floresta"- argumentam juntos. Até o final desta semana, a previsão trágica pode seguir em frente. Ou, prevalecendo a avaliação do advogado Márcio Dagnoni, a situação será revertida com a anulação da eleição promovida pela Dercy. Neste caso, seria nomeada em junho uma junta para administrar o sindicato pelo período de 120 dias, durante o qual, seria organizada uma nova eleição, legal e democrática. Postado por Raimari Cardoso às 10:40 Um comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Postagens mais antigas Início Assinar: Postagens (Atom) Minha foto Raimari Cardoso Xapuri, Acre, Brazil 41 anos, radiojornalista (SRTE/AC Nº 219), diretor da Rádio Educadora de Xapuri, onde trabalha há 24 anos, repórter do Sistema Público de Comunicação do Acre. Visualizar meu perfil completo Powered By Blogger raimari.cardoso@gmail.com Site meter Site Meter 1 online ALTINO MACHADO teste Há 3 horas Seguidores Raimari Cardoso Criar seu atalho Importante As opiniões por mim emitidas são de minha inteira responsabilidade e representam exclusivamente o meu ponto de vista sobre os temas abordados, não refletindo, necessariamente, o pensamento das instituições para as quais trabalho. Os textos assinados por terceiros são de responsabilidade de seus autores. Os comentários são bem-vindos e engrandecem as discussões, mas passam pela minha moderação. Não serão publicados os que atentem contra a moral e a reputação das pessoas ou façam apologia a qualquer tipo de vício, crimes, atos de violência e formas de discriminação. A reprodução dos textos é livre, desde que citado o autor e mencionada a fonte. Arquivo ▼ 2013 (317) ▼ Junho (17) Não Estamos Entendendo Nada: Este é o Problema! Condomínio fechado Quintal Antônio Pedro Mendonça Paisagem da janela Basta uma subidinha Talento xapuriense Seringal Cachoeira se despede de Cecília Mendes Sábia senhora da floresta Celebração do Meio Ambiente Nova fachada Matusalém na prisão? Distribuição de atribuições: para que serve? Estiagem Inconstitucional Ladrões do novo mundo Pitbull é para os fracos ► Maio (53) ► Abril (60) ► Março (55) ► Fevereiro (46) ► Janeiro (86) ► 2012 (654) ► 2011 (765) ► 2010 (533) ► 2009 (539) ► 2008 (720) ► 2007 (459) Google Analytics